A aposta caiu nos 1ºTrilhos de Bellas.
Zé, Gomes, Rui, Eu e o Laia
A comitiva GDU AZOIA, marcava presença para uma prova carregada de incerteza e desconhecido, uma vez que à exceção da minha pessoa que não corria esta distância à cerca de 18 meses, todos os restantes nunca sequer a tinham corrido. Resumindo: Venha a Aventura!
Os 30 minutos de atraso deliberados pela organização,
permitiram o acerto da estratégia, mas foram arrefecendo os motores, o que mais
tarde viria a ser a morte dos artistas. Eu e o Pedro Laia, tínhamos uma
estratégia, bem delineada. Corrermos e andarmos e quando a coisa começasse a dar
para o torto, andavamos e corríamos. Era a receita ideal para quem não tem pernas
para estas cavalgadas. O Rui ambicionava chegar à frente dos Quenianos, o Zé
tinha de ser rápido para dar o almoço aos miúdos e o Nuno Gomes estava
carregadíssimo de vontade de varrer os trilhos sempre a abrir, na sua passada.
EU e o Pedro Laia, ainda sem dores nas pernas.
Até ao primeiro abastecimento no km7.5 as coisas pareciam
bem encaminhadas, as pernas (ainda) estavam frescas, e apesar das duras subidas
ainda conseguíamos trazer um sorriso. A segunda parte da corrida era entre os 2
abastecimentos, dos 7.5Km aos 17,5km. Pela altimetria previamente divulgada, era aqui que
estavam os maiores obstáculos, ou melhor as maiores “paredes”. Apesar de
avisados para as dificuldades, eu e o Laia, conseguimos manter um andamento
agradável, cheio de confiança, mesmo nas subidas mais íngremes. Nesta altura a
prova começava a ficar verdadeiramente interessante, tanto subíamos desmesuradamente
como logo de seguida, sentíamos o doce calor da adrenalina a correr-nos nas
veias, em mais uma insensata descida. Chegados ao último abastecimento, foi o
deliciar com tudo o que tínhamos direito e siga para bingo, faltam 10K.
No
último terço da prova, tudo mudou. A experiência de outras andanças dava-me a certeza,
no trail tudo muda de um km para outro. Depois de mais uma ou 2 subidas a tocar
os céus, vinha a parte mais técnica com uma descida bem longa a saltar de pedra
em pedra. A partir daqui, simplesmente o motor desligou, a descida tinha-me
amassado as pernas, as costas chiavam de dor e as hérnias já não queriam correr
mais. Ainda faltavam 5 longos e penosos km´s. Posso dizer que me fui
arrastando, km atrás de km. O Laia parecia bem mais fresco do que eu nesta
altura, e quase por mútuo acordo, voltámos à táctica inicial, correndo e
andando ou andando e correndo. Conseguimos chegar com 3H49m, um tempo canhão. O
Rui deu-nos um baile e quase já tinha almoçado quando demos os últimos passos a
contar. O Zé e o Gomes, sorrateiramente tinham feito 4H e pouco, e apesar das
dores que certamente traziam, não lhes faltou o sorriso por terem concluído a
Aventura Trailista.
No Grande Final!
Apesar de ter sido duro, só me vem à cabeça quando será o
próximo empeno, porque este já foi.
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