Aí vão 5!
Podem não ser muitas, mas todas foram especiais. Ou
não fosse sempre especial terminar uma maratona! Quem já o fez saberá
certamente do que falo, mas quem nunca teve esse privilégio, despache-se, pois
não faz a mínima ideia do que está a perder.
Correr uma maratona no dia mais quente do ano, não é
propriamente aconselhável, mas correr a primeira Lisbon Eco Marathon, no dia e
noite mais quente do ano é verdadeiramente insano. O pior disto tudo é que não
fui o único. Apesar da organização ter atrasado a prova 30min, ao tiro de
partida (19H30) estavam perto de 35º no parque do calhau em Monsanto. Mal se
ouviu o tiro, desculpem o apito de partida, todos sentimos que já estava a
valer pena. Ouviram-se gritos de alegria, palavras de incentivo, de boa sorte
até alguns estrangeirismos a roçar o praguejar.
Tínhamos começado a mais louca maratona de Lisboa. Perto de duas centenas de pioneiros tinham aceite o desafio e marcado presença. A partir dali, a história só podia ter um fim, a chegada ao Marquês de Pombal, fosse a que horas fosse. Apesar do calor abrasador, os primeiros Km´s não foram maus, recheados de sobe e desce, como é normal em Monsanto, mas com muito alcatrão, o que destoava o conceito de esta ser uma maratona trail. Dos 10 aos 20Km, a coisa complicou. Apesar de ser ainda de dia, tivemos algumas dificuldades nas marcações dos percurso, mas nada que o espírito de aventura não levasse como mais um desafio. Cheguei ao abastecimento dos 20/21, a pensar no que me estaria a meter. Os últimos km´s tinham sido duros e apesar de já passar das 21H30m o calor continuava insuportável. As descidas tinham parecido curtas, demasiado curtas e as subidas longas, demasiado longas e ainda ia a meio do carrocel. Aos 26km´s, novo abastecimento, na minha opinião fulcral para muita gente. Foi aqui que comecei a ter a noção que não era o único que iria passar muitas dificuldades na parte final.
Aos 30Km, existia uma nova passagem neste abastecimento, e apesar de ter estado perto de 10 minutos parado, vi muitos ficarem por ali, já debilitados por uma parte inicial talvez demasiado rápida ou desgastante. Até aos 42km´s, apesar de ter andado bastante e ter mantido um ritmo bastante baixo, fiquei literalmente surpreendido pela quantidade de atletas que passei, em dificuldades extremas. Tentei sempre correr o máximo de tempo possível, mas a subida de Campolide para o Parque Eduardo Sétimo, era mais uma romaria de caminheiros que uma corrida a pé. Ao chegar, ao cimo do Parque, gentilmente um dos agentes da PSP, manda parar o trânsito e em voz bem alta grita para o condutor, “Respeite os atletas!”. Sorri, e agradeci também com um grande obrigado. A descida pelo meio do parque foi Espectacular, já passava da Meia Noite, e as pessoas que ali estavam aplaudiam e gritavam palavras de força, os atletas que já tinham terminado a sua prova transmitiam também eles as suas palavras de incentivo e respeito. Limitei a dizer, obrigado tantas vezes quanto possível, mas aquele ambiente tocou-me. Cortei a meta com 4H41m, e mesmo depois de muito ter sofrido, adorei cada passada, cada momento. Principalmente, quando terminei a prova e um dos elementos da fantástica organização chega perto de mim, me coloca a medalha de participação ao pescoço e deixa as seguintes palavras:
Tínhamos começado a mais louca maratona de Lisboa. Perto de duas centenas de pioneiros tinham aceite o desafio e marcado presença. A partir dali, a história só podia ter um fim, a chegada ao Marquês de Pombal, fosse a que horas fosse. Apesar do calor abrasador, os primeiros Km´s não foram maus, recheados de sobe e desce, como é normal em Monsanto, mas com muito alcatrão, o que destoava o conceito de esta ser uma maratona trail. Dos 10 aos 20Km, a coisa complicou. Apesar de ser ainda de dia, tivemos algumas dificuldades nas marcações dos percurso, mas nada que o espírito de aventura não levasse como mais um desafio. Cheguei ao abastecimento dos 20/21, a pensar no que me estaria a meter. Os últimos km´s tinham sido duros e apesar de já passar das 21H30m o calor continuava insuportável. As descidas tinham parecido curtas, demasiado curtas e as subidas longas, demasiado longas e ainda ia a meio do carrocel. Aos 26km´s, novo abastecimento, na minha opinião fulcral para muita gente. Foi aqui que comecei a ter a noção que não era o único que iria passar muitas dificuldades na parte final.
Aos 30Km, existia uma nova passagem neste abastecimento, e apesar de ter estado perto de 10 minutos parado, vi muitos ficarem por ali, já debilitados por uma parte inicial talvez demasiado rápida ou desgastante. Até aos 42km´s, apesar de ter andado bastante e ter mantido um ritmo bastante baixo, fiquei literalmente surpreendido pela quantidade de atletas que passei, em dificuldades extremas. Tentei sempre correr o máximo de tempo possível, mas a subida de Campolide para o Parque Eduardo Sétimo, era mais uma romaria de caminheiros que uma corrida a pé. Ao chegar, ao cimo do Parque, gentilmente um dos agentes da PSP, manda parar o trânsito e em voz bem alta grita para o condutor, “Respeite os atletas!”. Sorri, e agradeci também com um grande obrigado. A descida pelo meio do parque foi Espectacular, já passava da Meia Noite, e as pessoas que ali estavam aplaudiam e gritavam palavras de força, os atletas que já tinham terminado a sua prova transmitiam também eles as suas palavras de incentivo e respeito. Limitei a dizer, obrigado tantas vezes quanto possível, mas aquele ambiente tocou-me. Cortei a meta com 4H41m, e mesmo depois de muito ter sofrido, adorei cada passada, cada momento. Principalmente, quando terminei a prova e um dos elementos da fantástica organização chega perto de mim, me coloca a medalha de participação ao pescoço e deixa as seguintes palavras:
“Parabéns! Vocês são todos uns campeões.”
Por estes e muitos outros gestos, de amizade e
companheirismo, de toda a organização incluindo voluntários, agentes da PSP,
equipas de socorro, etc… para o ano lá estarei novamente!
Classificação:
Classificação:
Geral | 32 |
Class. Esc. | 14 |
Nome Curto | Filipe Fidalgo |
Dorsal | 228 |
Equipa | C.A. Amigos Parque da Paz |
Prova | Lisbon Eco Marathon - 6 Julho 2013 (19h00) |
Escalão | SEN |
Sexo | Masculino |
Tempo Oficial | 04:41:57 |
Tempo Chip | 04:41:51 |
Tempo 21Km | 02:00:52 |
Tempo 30Km | 03:08:25 |
Parabéns! Uma maratona, ainda por cima em trail, num dos fins-de-semana mais quentes do ano até agora, é mesmo de campeões (e um pouco loucos!) :)
ResponderEliminarContinuação de boas corridas