terça-feira, 30 de agosto de 2011

10ºTrilhos de Monsanto

E eis que começa tudo de novo. Final de agosto e a malta calça os ténis para voltar às provas e ao alcatrão. Mas este ano a época começou diferente, nada melhor que habituar o corpo a outras andanças com uma prova de trilhos. 10.º trilhos de Monsanto.
Numa das muitas subidas

Este domingo eu e o Pedro Ferreira, lá partimos à aventura de uns trilhos à porta de casa. O Pedro com uma enorme comitiva, levava claque (Noname Bruno) e um grande fotógrafo mundialmente conhecido (Joaquim Ferrari) estreava-se nos trilhos (não gostaste mas vais lá voltar, é sempre assim!). Eu com poucos treinos lá embalei na aventura e sem grandes aspirações ao tempo final, apenas esperava forçar o andamento para ver como se comportavam as pernas.  9H45m. Lá vai disto, toca a dar corda aos sapatos que isto começa já a subir. Nem ao fim do primeiro km tínhamos chegado e a primeira das muitas íngremes subidas começa a testar as forças e as vontades que a malta levava.  As primeiras imagens que guardo é a de um pelotão a subir uma passagem aérea sem fila sem atropelos ou chatices logo seguida de uma interminável subida, dura muito dura, que alongava um imenso mar de cores, coloridas, berrantes e saltitantes nos corpos de cada um. É magnífico correr neste ambiente de Monsanto, aquele verde que nos envolve imergindo uma sensação de leveza só quebrada pelas passadas bruscas e ruidosas daqueles aventureiros que decidiram bater aqueles longos e duros trilhos.

Uma das loucas descidas
Marcados pelas anteriormente calmas, pedras soltas, os trilhos e caminhos, eram agora varridos, acordados, sacudidos e espalhados.  Mesmo sendo uma prova dentro da cidade de Lisboa, não deixa de ser uma prova do circuito Nacional de Montanha o que faz com as subidas sejam coisa séria e as descidas, uma pequena grande loucura. Acabei por subir melhor do que esperava, mas desci bem mais rápido do que alguma vez imaginei. Foram 12 km's enfiado naquele carrossel de Monsanto, fugindo aos buracos, contornando pedras e paus, correndo ou andando quando as coisas apertavam e o piso era mau. Mas foi brutal!
 
À entrada da recta da meta, ainda com pernas para mais uma ultrapassagem
Um misto de sacrifício e dor ao subir com uma descarga de adrenalina numa descida a uma velocidade alucinante, arriscando aqui e ali o abraço ao pinheiro mais próximo ou uma derrapagem mais firme para evitar criar atalhos à pressa. Mas no meio disto tudo, sobrevivi sem cair até chegar ao piso direito e firme da passagem aérea para aí deixar fugir o tapete e estatelar-me redondo no meio do chão. Serviu para abrir a pestana e fazer o último km no prego, terminando esta estreia nos trilhos de Monsanto com 1h05m. Acabei por ficar bastante satisfeito com a prestação, pois treinos nem vê-los, mas mesmo assim as pernas deram uma resposta perante o elevado grau de dificuldade.
À chegada com 1H05m.
120ºLugar em 416 Participantes (geral)
48º em 256 do Escalão Elite M

Uma coisa é certa, começa a ser uma realidade que estou a ficar um verdadeiro corredor de domingo!

4 comentários:

  1. Muito bom Filipe! Acho que te vi lá mas... foi "a correr", nem deu para te falar...

    E domingo Avante, certo?

    Beijinho e até domingo, corredor de domingo

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  2. Filipe,
    Mesmo não estar presente vivi com teu post como lá estivesse, subir e descer montes é um espectáculo!! Trail é uma grande aventura!
    Estiveste muito bem és um vencedor!
    Grande abraço primo
    VV

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  3. Filipe, foste fantástico! Um autêntico fidalgo em prova tão nobre...
    A única coisa má da prova foi não ter visto a tua queda! ;)
    Mas pronto, para o ano lá estaremos!

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  4. Fantastico guerreiro é isto ai, nao pode parar.

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