terça-feira, 3 de novembro de 2015

1ºTrilhos de Bellas

Após o Trail da Quinta do Pinhão, tinha renascido em mim o desejo das peripécias e aventuras do Trail e como tal, nada como lançar-me a uma nova aventura, o mais rapidamente possível.
A aposta caiu nos 1ºTrilhos de Bellas.
Zé, Gomes, Rui, Eu e o Laia

A comitiva GDU AZOIA, marcava presença para uma prova carregada de incerteza e desconhecido, uma vez que à exceção da minha pessoa que não corria esta distância à cerca de 18 meses, todos os restantes nunca sequer a tinham corrido. Resumindo: Venha a Aventura!

Os 30 minutos de atraso deliberados pela organização, permitiram o acerto da estratégia, mas foram arrefecendo os motores, o que mais tarde viria a ser a morte dos artistas. Eu e o Pedro Laia, tínhamos uma estratégia, bem delineada. Corrermos e andarmos e quando a coisa começasse a dar para o torto, andavamos e corríamos. Era a receita ideal para quem não tem pernas para estas cavalgadas. O Rui ambicionava chegar à frente dos Quenianos, o Zé tinha de ser rápido para dar o almoço aos miúdos e o Nuno Gomes estava carregadíssimo de vontade de varrer os trilhos sempre a abrir, na sua passada.
EU e o Pedro Laia, ainda sem dores nas pernas.

Até ao primeiro abastecimento no km7.5 as coisas pareciam bem encaminhadas, as pernas (ainda) estavam frescas, e apesar das duras subidas ainda conseguíamos trazer um sorriso. A segunda parte da corrida era entre os 2 abastecimentos, dos 7.5Km aos 17,5km. Pela altimetria previamente divulgada, era aqui que estavam os maiores obstáculos, ou melhor as maiores “paredes”. Apesar de avisados para as dificuldades, eu e o Laia, conseguimos manter um andamento agradável, cheio de confiança, mesmo nas subidas mais íngremes. Nesta altura a prova começava a ficar verdadeiramente interessante, tanto subíamos desmesuradamente como logo de seguida, sentíamos o doce calor da adrenalina a correr-nos nas veias, em mais uma insensata descida. Chegados ao último abastecimento, foi o deliciar com tudo o que tínhamos direito e siga para bingo, faltam 10K.
No último terço da prova, tudo mudou. A experiência de outras andanças dava-me a certeza, no trail tudo muda de um km para outro. Depois de mais uma ou 2 subidas a tocar os céus, vinha a parte mais técnica com uma descida bem longa a saltar de pedra em pedra. A partir daqui, simplesmente o motor desligou, a descida tinha-me amassado as pernas, as costas chiavam de dor e as hérnias já não queriam correr mais. Ainda faltavam 5 longos e penosos km´s. Posso dizer que me fui arrastando, km atrás de km. O Laia parecia bem mais fresco do que eu nesta altura, e quase por mútuo acordo, voltámos à táctica inicial, correndo e andando ou andando e correndo. Conseguimos chegar com 3H49m, um tempo canhão. O Rui deu-nos um baile e quase já tinha almoçado quando demos os últimos passos a contar. O Zé e o Gomes, sorrateiramente tinham feito 4H e pouco, e apesar das dores que certamente traziam, não lhes faltou o sorriso por terem concluído a Aventura Trailista. 
No Grande Final!

Apesar de ter sido duro, só me vem à cabeça quando será o próximo empeno, porque este já foi.
 

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