terça-feira, 29 de setembro de 2015

I Trail Quinta do Pinhão


Depois das saudades da estrada, estava a desesperar por um trail.

Depois de convite, quase ultimato, tinha de voltar aos trails! O meu companheiro, padrinho e amigo da orientação, Pedro Laia, quase que me arrastou para voltar aos trails. E nesta altura só lhe posso agradecer por isso. Sem andamento, com uma grande incerteza mas com uma enorme confiança, decidi participar no novíssimo trail da Quinta do Pinhão. Em tom de brincadeira, aventura e em representação do G.D.U. Azoia, acabei por voltar aos trails mais depressa do que tinha imaginado. 

Fizemos uma equipa de recheada de contratações de último dia do mercado, mas mesmo assim diria que fomos quase brilhantes. Sim, porque creio que de todas as equipas que acabaram à nossa frente, cada membro tinha mais km´s este ano que nós todos juntos.

 Os Azoia Runners, antes da partida!
(Sérgio Mónica, José Guerreiro, Rui Fonseca, Pedro Laia, Filipe Fidalgo, Luis Carapeto, Nuno Gomes)


Os 15Km eram a distância certa para não recearmos fazer lesões, nem provocar demasiadas mazelas nas pernas. Como tal, juntámos uma camisola colorida, uma pitada de insanidade e corda aos sapatos que isto só acaba no fim.

Os primeiros km´s foram para mim um misto de liberdade e loucura, mas a primeira subida a sério perto dos 7 Km colocou ordem nas ideias e na fervura emocional. É um choque, quando nos apercebemos que não temos pernas para as correrias de outrora. Dali para frente acabei por saborear apenas cada km, com uma leveza de espirito que nem me lembro de partes do percurso. Houve momentos, em que no meio daqueles trilhos, embora não muito espectaculares, consegui absorver o espirito intrínseco do trail no seu estado puro. Absorvi tanto a natureza e o efeito de voltar a correr nos trilhos, que até deu para me enganar num caminho demasiado simples para o fazer. Sem stress, voltei ao trilho certo e corri, apenas por correr, sem olhar às pedras, à areia, às raízes, mas sim focado em chegar rapidamente ao fim. Onde poderia dissecar toda aquela aventura imprevista.

Os “loucos” do Azoia acabaram num honroso e impensável 5.º lugar, por equipas. E eu ainda estou para descobrir como cheguei tão rápido à meta.

                                                    A Foto do Sucesso Alcançado!

Para um primeiro evento, podemos dizer que falhas existiram as suficientes para fazer do próximo ano uma excelente prova, para quem se queira estrear no mundo do Trail. Prova fácil, sem muitos ambientes difíceis ou técnicos, que acabou por me trazer de volta o bichinho do Trail.
  



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