segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Da Meia das Lampas ao Treino Longo na Amora

Ainda as Lampas....

Todos os atletas têm as suas preferências em relação á prova A ou B. As razões mudam para cada atleta ou individuo, mas existem sempre condições, premissas ou factores que nos levam a crer que determinada prova é melhor que todas outras. No meu caso, a Meia de São João das Lampas é, creio que muito dificilmente algum dia deixará de ser, a minha prova favorita. Atenção que não é minha meia maratona favorita ou a minha maratona especial, Não! È pura e simplesmente aquela prova. A Tal. A “ El Especial” ,em palavras convertidas de um espanhol com sotaque Mourinho. Mas mais que tudo isso, e o que mais me orgulha. É que passei um ano a desafiar um amigo para correr esta prova e depois do que tudo o que contei, de tudo que lhe descrevi, terminou a prova lado a lado comigo e disse. – Isto é ainda melhor que aquilo que me contaste. Dito isto só posso deixar um grande abraço de Parabéns ao meu amigo Fernando Andrade e a todo o staff da MMSJL
 Obrigado por nos oferecerem esta magnifica meia maratona!
Para variar os TANDUR lá estiveram novamente, Já há muito desfalcados do António Almeida, ficara previamente definido que seria esta a última prova que correríamos com este nome, creio que continuaremos sempre a ter um elo tanduriano que nos ligará, mas por agora ficará apenas a amizade e o prazer de correr.  Como já passou uma semana é fácil fazer um balanço positivo da prova, não porque tenha feito uma prova fenomenal, mas porque apesar de alguns contratempos físicos, acabei com um tempo 2segundos melhor que o ano anterior.  1h43m21s e ainda não foi desta que o Coutinho ganhou, esteve quase mas o foto finish deu empate.
 
 
 Regresso aos Treinos - Mais um Longo
Uma semana depois das Lampas e ainda a recuperar de uma pequena mazela na parte posterior da coxa direita estava na altura de mais um treino longo. Longo a pensar no Porto, mas lento para me defender da mazela. Correr ao Domingo é um vício que levou ao nome do blog, mas ao mesmo tempo é um momento de confraternização com os amigos e companheiros de estrada. Eu o Vitor e o Pedro lá partimos para mais um LSD ( Expressão americana para um treino longo, Long Slow Distance) de domingo com  a ideia de fazer perto de 25km. 7h30 na estrada prontos para palmilhar km´s. Desta vez uma volta diferente, num ritmo brando com tempo para conversar e apreciar os km´s. Por momentos esquecemos os tempos a bater, os km´s a alcançar para nos divertimos a fazer jogging com muito joking à mistura. Saímos da Cruz de pau em direcção ao Fogueteiro quase sem se ver vivalma, e quando demos conta no meio da conversa e da galhofa estávamos a chegar á siderurgia.  Só para terem uma noção da paródia até um tipo que se fez passar de Fernando Andrade nos ia dando um banho com balde, a relembrar o episódio das Lampas. Já no seixal, chuveirinho à borla no Centro de estágio do glorioso e para finalizar o treino ainda ofereci ao Pedro e ao Vitor uma breve demonstração das Rampas da Cruz de Pau. Foi um treino em grande com 23km´s e picos em 2h e qualquer coisa. A mazela só chateia nas subidas e quando o ritmo acelera o que de certo modo coloca em causa a participação na meia da Ponte Vasco da Gama, mas nesta altura a Maratona do Porto é o principal objectivo. Resta-me seguir o plano e recuperar bem para que o objectivo seja uma realidade.
É por estas e muitas outras razões que sou um corredor de domingo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

24ºCorrida do Avante

Há dias em que vale a pena correr, e este domingo foi um deles. A corrida do Avante tornou-se inevitavelmente um marco cá em casa. O ano passado foi acabar a corrida e correr para o Hospital para ver o primeiro banho da minha filhota, este ano foi acabar a corrida e correr para soprar a primeira velinha.

Correr ao fundo da rua é correr em casa, correr onde treinamos é apenas e só mais um passeio.

8H30, e novamente as bombas de gasolina a servirem de ponto de encontro para mais uma jornada. Eu e o “primo” Vítor lá marcámos presença pelo segundo ano consecutivo na corrida do Avante para mais uns km´s num local que ambos bem conhecemos dos inúmeros treinos ali efectuados. Cedo nos dirigimos para o local dos dorsais, onde mais uma vez listava o nome TANDUR. Por entre uma agradável troca de palavras com a família Parro, chega a notícia que o Coutinho estava ligeiramente atrasado, sem dorsal nem alfinetes. Claro que entre amigos tudo se resolve, divide-se o mal pelas aldeias, 2 alfinetes a cada um e vamos todos mais leves. A postos para a partida era de fácil percepção que faltava o Pedro Ferreira. Está feito um verdadeiro Karnazes, sai de casa para treinar e sincroniza o fim do treino com o tiro de partida, enfim uma verdadeira loucura. Após uns breves reencontros e trocas de palavras com a malta bloguista, o Fábio, o Hannilton, a Henriqueta, a Ana e tantas outras caras conhecidas estava na hora da tão ansiada partida. Com uns primeiros 500 metros bem apertados pela multidão, eu, o Vítor e o Coutinho tentávamos a todo o custo furar por cada nesga na tentativa de começar a impor o nosso ritmo de corrida. Aquela marginal da Amora era banhada agora não pelo Rio, mas por uma multidão de gente colorida que enchia as ruas na solarenga manhã. É uma imagem que em tudo contrasta com as vividas nos treinos ali efectuados nas mesma ruas vazias e sem cor. Perto do primeiro km e no meio das normais sinfonias garminianas avisto os meus pais, tinham aproveitado para passar a dar uma força, que é sempre benvinda nestes dias de prova. Os primeiros 3 km´s voaram na marginal Amorense num ritmo rápido, sempre abaixo dos 4m25s. Nesta altura o Coutinho começava a sentir algumas dificuldades para acompanhar o ritmo e sem avisar foi baixando o andamento e o ritmo, descolando de mim e do Vítor.
Perdemos um, ganhámos outro. Ainda nem tínhamos percebido que o Coutinho tinha ficado um pouco para trás quando alcançamos o Pedro ”Karnazes” Ferreira. Fomos juntos por pouco tempo, talvez o suficiente para um…. - "olá bom dia. Estás bem? Já fomos". Eu e o Vítor rolávamos rápido de mais para o Pedro já desgastado do treino matinal. Já na marginal Seixalense, e com um ritmo que considerávamos muito bom, 4m10s\km somos varridos por um vendaval de nome Luís Feiteira, que já vinha de volta com cerca de 30s de avanço para a concorrência. Acreditem que desmotiva e muito qualquer corredor de pelotão assistir aquele voar baixinho. Perto do retorno, ficámos novamente a três. Tal como o ano passado o João do CRCP seguia ali ao lado juntando-se aos Tandur para os km´s de regresso. A viagem tornou-se ainda mais rápida que a vinda nem dando tempo para apreciar a magnifica paisagem daquele braço do Tejo a banhar as cidades vizinhas de Amora e Seixal. Já na Amora, o Vítor começava a acusar o desgaste do trilho nocturno feito na noite anterior, deixando-me a mim e ao João já perto do último km. Mesmo com mais uma semana sem km´s acumulados em treinos, as pernas ainda tinham força para mais um esticão e após uma breve troca de palavras com o João, arranco para um último km em 4min. Chegado são, salvo e satisfeito era tempo de mais uma foto para a praxe com o “primo” Vítor, um abraço ao Coutinho e aos meus pais e correr para casa para um beijo à família e principalmente à minha pequena Princesa Matilde para com ela comemorar o seu primeiro aniversário.
Parabéns Filhota!