sexta-feira, 14 de maio de 2010

Uma Corrida, Dois Segundos

Cada um é como cada qual, mas existe sempre algo que nos une.

Para aqueles que gostam de correr, é a corrida que nos une, pois é algo que nos preenche, que nos torna elementos de outra dimensão, de um outro modo de vida.
Correr é abrir as asas e voar, é ver o chão deslizar por baixo dos pés, é querer chegar antes de partir, é sentir o sol, a chuva e o vento moldar-nos o corpo, e sentir a gravilha, a terra, o asfalto moldar-nos o espírito.
É isso que sinto quando corro.
Transcende-se o corpo e ilumina-se-nos a mente, ignorando as pernas sentimos os pés, os ténis, o asfalto. Sentimos o caminho, não aquele que escolhemos mas aquele que nos encontrou e nos mostrou a direcção. Sentimo-nos pequenos, inferiores, derrotados, mas é no fim que somos heróis, por dois segundos que seja, mas somos heróis porque chegamos ao fim.

É isso que vou procurar este fim-de-semana, na meia maratona da areia. Irei sofrer, irei sentir-me derrotado, pequeno, inferior, mas é aos últimos dois segundos que quero chegar.


Eu vou lá estar.

2 comentários:

  1. Olá Filipe,
    No domingo vamos estar presentes nas areias da Caparica, para participar numa bonita prova.
    Ate domingo
    Abraço
    Vítor

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  2. Caro Filipe
    Este texto é um poema à Corrida replecto de sentido e todo aquele que corre, saberá valorizá-lo na proporção exacta.
    Só discordo quando diz que no final se sente derrotado (?!). Derrotado por quê ? Por quem?
    Oh Filipe, essa parte é que tem de ser alterada e, então, teremos o poema perfeito.

    Fico feliz por saber que cada vez há mais pessoas envolvidas numa mesma causa, que é divulgar a Corrida. E fico, também, com mais um na minha lista.
    E obrigado pela visita ao cidadão de corrida, onde é sempre bem vindo.
    Grande abraço.
    FA

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