segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

1º Corta Mato do Núcleo de Naturais e Amigos da Vila de Cabeço de Vide

Voltei! A preguiça fez correr tempo e a falta dele fez com que o mesmo voa-se e o meu blogue perdido a aguardar vontade de escrever. Não escrevia aqui desde o dia 8Novembro, não por falta de assunto, mas por preguiça ou quiçá por aquela velha desculpa esfarrapada da falta de tempo. Fui à (Meia) maratona de Lisboa e nada escrevi, depois a são silvestre e o ano acabou sem palavras escritas. Veio a o 2ºSuper Trail dos APP e nada, nem uma palavra, sobre o mais espectacular evento pirata a sul do Tejo. Até que parei, pensei e talvez porque pouco treinei, corri ao domingo, desta vez na estreia do corta Mato dos amigos da vila de cabeço de vide.



Depois de uma meia manhã com os meus filhos no parque, desci a rua para voltar aos corta-matos. Talvez uns 13 ou 14 anos depois do último onde curiosamente tinha alcançado o meu mais alto resultado neste desporto. Mas as saudades foram ficando, aumentando e desta vez não consegui adiar mais. Uma prova pequena cheia de craques, um trançado louco e fantástico, e uma mão cheia de amigos para partilhar o momento só podiam dar em mais uma prova para guardar na memória. cheguei quando parecia tarde e afinal ainda era cedo, dando tempo para recordar amizades de outros tempos, pois malta do costume estava lá, sempre disponível para mais um abraço e dois dedos de conversa. O João Benevente, um verdadeiro Rolling Stone nestas andanças deixa qualquer um bem disposto, o amigo Carlos Cerqueira sempre presente com a corda toda e depois os mais chegados, o Pedro “3 Pontos” Ferreira, O “primo” Veloso e o Luis “terra do Carrapau” Carapeto. A malta é assim, ou vai a tralha toda ou não vai ninguém. Poucos minutos antes da partida, a motivação que faltava, o meu filhote saltava alegre com um cartaz “ força pai” e a minha filhota ao colo da mãe gritava bem alto por mim. Ainda agora não consigo perceber, se foi a letra ainda um pouco atabalhoada do meu filho naquele cartaz se foi o sorriso de ambos, que me fez tremer as pernas. Mal recuperado destas emoções e já estava dado o “apito” de partida. Sim leram bem, o apito de partida. Invulgar mas bastante original. Já nem lembrava de como se corre um corta mato, mas lá me deixei ir na minha ousada estratégia, a primeira volta para reconhecimento ao percurso e depois era pé no prego que a família estava à espera. Na última semana os treinos tinham saído pela janela mas nem isso me tirava a alegria de ali estar, de novo a correr na relva, na terra, no areal. A subir, a descer, a curvar para aqui e depois para ali. Nem importou se eram muitos ou poucos, apenas interessava correr, recordar, apreciar a corrida e recolher em cada passagem pela meta mais uma enorme ovação dos meus filhotes. No meio de tanta nostalgia mal tive tempo para apreciar, mas matei as saudades dos velhos tempos. Os 5km ficaram pelos 20min e qualquer coisa segundos. Resultado modesto mas com uma enorme recompensa de ter os meus filhos e aminha mulher ali a meu lado.